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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Dentista conta luta contra anorexia: "Tive vontade de desistir de tudo"

Martina Perucchi mostra antes e depois de tratamento - Arquivo pessoal
Martina Perucchi mostra antes e depois de tratamento Imagem: Arquivo pessoal

Felipe de Souza

Colaboração para VivaBem, em Campinas (SP)

07/02/2021 04h00

A dentista Martina Perucchi, de Santos (SP), percebeu que algo estava errado com seu corpo quando tinha nove anos. Mas, até então, não sabia que tinha anorexia, uma doença psicológica que faz com que a pessoa veja o próprio corpo de maneira diferente.

Mesmo procurando ajuda, teve alta por "ineficácia de tratamento", mas continuava emagrecendo. Foi só quando uma amiga a apresentou um outro tipo de terapia que ela começou a lutar contra a doença —luta que, aliás, persiste até hoje. Martina conta a VivaBem o período em que esteve internada, os comentários que teve que ouvir, e como deu a volta por cima.

"Quando você está doente, dificilmente percebe sozinha que algo está errado, mesmo com as pessoas mais próximas falando o quanto você precisa de ajuda, parece que você não quer itir precisar de uma ajuda. Familiares e amigos são de extrema importância nesse processo, pois precisam fazer o meio de campo para a pessoa procurar uma ajuda adequada.

A luta com o espelho é sempre gigante, pois ele mente o tempo todo, a imagem que criamos de nós mesmas é completamente distorcida de acordo com o momento.

Sentia meu corpo mudando de forma cada vez que olhava no espelho.

Na maioria das vezes, me via muito maior do que era de fato. A distorção de imagem é o último sintoma que alguém com transtorno alimentar supera, pois temos que reeducar nosso cérebro a distinguir o que é sensação do que é real.

Martina Perucchi em 2019, quando finalmente encontrou tratamento que a ajudasse - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Martina Perucchi em 2019, quando finalmente encontrou tratamento que a ajudasse
Imagem: Arquivo pessoal

Se sentir maior é diferente de estar maior, e muitas vezes a mente nos prega peças tão grandes que não sabemos distinguir o real do irreal.

Não conseguia me entregar ao tratamento

ei por diversos tratamentos desde os meus 9 anos. Comecei com uma psicóloga e fui sendo encaminhada para outros profissionais. Tinha pequenas melhoras e depois tinha recaídas e piorava mais ainda.

Cada caso é um caso, e por mais capacitados que sejam os profissionais, se não houver empatia com o paciente não há melhora.

Durante os anos de luta contra o transtorno alimentar, eu e minha família tivemos muitas dificuldades. Não conseguia me entregar 100% ao tratamento, pois o medo de engordar me assolava. Quando começava a melhorar, tinha que lidar com os comentários de todas as pessoas: 'Está mais cheinha'; 'Como você está melhor'; 'Você engordou, né?'.

Esses comentários podem ser um gatilho imenso, pois elogiar o corpo do outro sem que ele te pergunte é uma invasão imensa, justamente por não sabermos o que está por trás daquele corpo.

Durante minha internação, fiquei longe de amigos, faculdade, família, planos, estudos, trabalho. Isso é desafiador, ainda mais quando você está em um lugar com uma expectativa enorme de melhora por ser referência e então você percebe que nem assim conseguiu superar o problema.

Em abril de 2018, após cinco meses internada, tive alta por ineficiência do tratamento. Isso me fez ter vontade de desistir de tudo, e por pouco aconteceu.

Minha missão é inspirar outras mulheres

Em novembro de 2019, uma amiga me levou para conhecer em Santos um centro de terapias alternativas, chamado 'Hygeia - Núcleo de Desenvolvimento do Ser'. Lá encontrei profissionais que me ajudaram a vencer essa luta.

Fiz tratamento com terapeuta holística, psicóloga, acupunturista, auriculoterapia, barras de access e, para me auxiliar, florais de minas e fitoterápicos chineses. O caminho exigiu muito comprometimento meu e da equipe, que com muito amor me ajudou a chegar até aqui hoje.

Estou saudável, cada dia mais forte e com a missão de inspirar outras meninas e mulheres a se curarem dos transtornos alimentares, existe cura.

A anorexia purgativa é uma doença muito séria que cega suas vítimas a ponto de não percebermos estar doente, é realmente uma obsessão.

A dentista aprendeu a lidar com a doença, mas diz que a luta é difícil - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
A dentista aprendeu a lidar com a doença, mas diz que a luta é difícil
Imagem: Arquivo pessoal

Muitas vezes procuramos ajuda para fora, e na verdade a maior ajuda está dentro de nós mesmas. Mas só conseguimos enxergar isso quando olhamos para o que mais dói dentro da gente. A maior mudança é de dentro para fora, se você não se ajudar e confiar no processo, nada muda.

Mesmo bem, a luta é diária. Quando você acha que está ótima, vem sempre um desafio, um comentário, uma situação, uma lembrança. O segredo é manter-se firme em seu propósito, e aceitar que nem todos os dias você vai acordar se aceitando.

O exercício diário que faço é de olhar para trás e ver o quanto já caminhei, que daqui pra lá é um pulo, e que sempre terei que vigiar meus pensamentos. Apesar da luta ser diária, ter uma rede de apoio capacitada é essencial, o processo de cura não é linear, ele é feito de altos e baixos, o importante é quando estiver para baixo não desistir, pois ele também vai ar.

Para quem enfrenta uma situação como essa, dou uma dica: olhe em volta e veja as milhões de possibilidades de cura que existem, selecione a equipe que vai te ajudar com sabedoria e encontre neles um centro de amor e apoio, procure ajuda.

Você não está sozinha, existem muitas pessoas que se mostram saudáveis, mas que na realidade não estão, não se baseie na vida mostradas pelas redes sociais, elas mentem. Se apoie em pessoas de verdade, profissionais de verdade e amigos de verdade".

Saiba mais sobre o transtorno

A anorexia purgativa é um transtorno alimentar caracterizado pelo vômito e pela condição persecutória —uma disfunção da realidade.

Segundo Adriana Galhardo, psicóloga da Precavida Saúde, a pessoa sofre com a distorção de imagem e com o medo intenso de ganhar peso. A imagem corporal distorcida pode comprometer a saúde e a autoestima e, não raro, o paciente também pode apresentar um quadro depressivo.

O tratamento é multidisciplinar e focado na normalização do peso corporal ideal para sua altura. "É importante ressaltar que o vínculo do paciente com o terapeuta e o nível de conforto e confiança dele com o médico, nutricionista, psiquiatra, educador físico, endocrinologista e até dentista podem garantir o seu compromisso e dedicação para a sua própria recuperação", destaca.